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Doação de órgãos: conheça mais sobre esse ato solidário que salva vidas

27/09/2023

Não sabemos quando e nem como, mas temos a certeza de que a nossa vida irá chegar ao fim em algum momento. Será mesmo? Existe uma forma de fazer a vida continuar por meio da solidariedade: estamos falando da doação de órgãos.

É dessa forma que podemos ser heróis na vida das pessoas que esperam na fila de transplantes. Afinal, um único doador pode ser capaz de salvar até oito vidas, uma vez que são diversos os órgãos e tecidos capazes de serem captados.

Todavia, este assunto é envolto de dúvidas e mitos. Então, preparamos este material para te mostrar as principais informações e como a doação de órgãos é uma atitude muito nobre. Acompanhe a leitura!

 

Quem pode ser um doador?

A doação de órgãos é feita após a morte encefálica, uma situação irreversível, quando o cérebro do paciente sofreu um grande trauma e lesão, parando de realizar suas funções. Dessa forma, os demais órgãos também não conseguem sobreviver.

Geralmente, o hospital mantém o paciente sob o funcionamento de aparelhos, mas não há nenhuma resposta neurológica.

Em seguida, os profissionais conversam com a família da vítima e perguntam se existe a vontade de doar os órgãos. Nessas situações, podem ser captados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, válvulas cardíacas, pele, ossos e tendões.

No entanto, um dos mitos que rodeiam a doação é o de que a morte encefálica pode ser revertida ou até mesmo que a equipe médica não tem certeza sobre essa condição.

Infelizmente, como mencionamos, o paciente nessa situação já está considerado em óbito. Além disso, a morte é confirmada por diversos exames, realizados por médicos capacitados, mas que não fazem parte da equipe de transplantes.

 

A doação de órgãos por parada respiratória

Outra forma menos comum de captação é com pacientes que sofreram parada cardiorrespiratória, sem sucesso na reversão. No entanto, essa situação permite apenas a doação de alguns tecidos, como córneas, pele, ossos, tendões e vasos sanguíneos.

 

A doação em vida

Não podemos nos esquecer que também é possível uma pessoa viva ser um doador, mas apenas de um rim, parte do fígado e parte do pulmão, o que não atrapalha a saúde dela.

A legislação brasileira ainda determina que esse doador seja um familiar ou cônjuge de quem receberá o transplante. Caso contrário, é preciso fazer um pedido judicial.

Além disso, quem doar deve ter 18 anos ou mais, ser juridicamente capaz e fazer o ato de forma voluntária, sem pressões externas ou por motivos financeiros.

 

Como é o procedimento de doação de órgãos?

A doação só é realizada com a permissão dos familiares, sendo eles de até segundo grau de parentesco. Nenhum procedimento é feito sem essa autorização.

Caso seja permitido, o doador é levado ao centro cirúrgico para a captação. Trata-se de um cirurgia, realizada no hospital e com muito cuidado e respeito, para a retirada de órgãos. No fim, o corpo é fechado adequadamente para os ritos funerários.

Todavia, esse processo costuma gerar apreensão na família, como nos contou a Gerente da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de Goiás, Katiuscia Freitas. “O maior desafio é a recusa das famílias e isso se deve aos mitos e dúvidas que as pessoas têm. Elas negam pela integridade do corpo, porque acham que irá ficar deformado após a captação. Além disso, não sabem se o parente queria ou não ser doador”, disse ela, reforçando que o corpo da pessoa falecida é preservado.

Já os órgãos são armazenados em temperatura extremamente fria para o caminho até o receptor. No Brasil, um país de dimensões continentais, é mais comum que o que foi captado em uma região seja levado para um paciente de outra área próxima, pois há um tempo limitado para a sobrevivência do órgão fora do corpo.

É raro que doador do Norte beneficie alguém do Sul, por exemplo, em razão da distância do trajeto, mesmo de avião. O que é usual é que alguém do Centro-Oeste doe para quem está na fila do transplante e mora no Sudeste, como outro exemplo.

 

Tempo de isquemia

Esse curto período que os profissionais possuem para levar a retirada do órgão e implantação dele no outro paciente é chamado de “tempo de isquemia” e é variável de acordo com cada estrutura. Veja a seguir:

  •    coração: 4 horas;
  •    pulmões: de 4 a 6 horas;
  •    intestino: de 6 a 8 horas;
  •    fígado: 12 horas;
  •    pâncreas: até 20 horas;
  •    rins: pode chegar até 36 horas, mas com o armazenamento em soluções específicas;
  •   córneas: até 7 dias;
  •   vasos sanguíneos: até 10 dias;
  •   ossos: até 5 anos!

 

O sistema brasileiro de doação e transplante de órgãos

O Brasil é o segundo país que mais faz transplantes de órgãos e, em 2022, foram cerca de 26 mil cirurgias, sendo: 13,9 mil de córneas; 5,3 mil de rins; e 359 de coração, entre outros, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

O país em primeiro lugar no ranking são os Estados Unidos, mas de forma privada. Já o Brasil possui o maior sistema público do mundo para transplantes, com mais de 600 hospitais autorizados para realizar os procedimentos.

O Estado de Goiás também merece destaque. “Estamos muito nas questões das doações e transplantes nos últimos anos. Atualmente, estamos entre os 10 estados com maior número de doadores por milhão de habitantes”, afirmou Katiuscia, que acrescentou ainda que os transplantes renais são mais realizados na região.

Tudo funciona pela coordenação de uma fila, que é ordenada de maneira cronológica, ou seja, quem entrou primeiro (que recebeu a indicação para transplante) fica em um lugar mais avançado da lista.

No entanto, quando um paciente entra em uma situação gravíssima, ele é colocado nas primeiras posições da ordem de espera.

Porém, saiba que não é possível “furar a fila” por meio de pagamentos ou qualquer outro tipo de influência.

Podemos acompanhar a lista de espera e transplantes já realizados no Brasil por meio desta plataforma, disponibilizada pelo Ministério da Saúde.

 

Como são os ritos funerários de um doador de órgãos?

Uma das apreensões das famílias é autorizar a doação de órgãos e, por esse motivo, não poder velar o ente querido.

Todavia, saiba que essa crença é outro mito. Os ritos funerários são realizados normalmente. Afinal, após a captação, a equipe médica cuida do corpo com muita delicadeza, fechando-o corretamente e sem desfigurações.

Na Paz Universal, recebemos essa pessoa e fazemos todos os procedimentos usuais para as cerimônias de homenagem. É possível realizar o velório, com caixão aberto e também o sepultamento.

A família tem o direito de se despedir da pessoa amada da forma que desejar e honrar a memória deste herói que, mesmo após partir, conseguiu salvar outras vidas.

 

Quero ser um doador de órgãos. O que preciso fazer?

Você decidiu que quer doar os seus órgãos? Saiba que não é necessário lidar com documentos e nenhuma outra burocracia. Basta apenas informar a sua família sobre esse desejo e também conscientizá-la a respeito da importância desse ato solidário.

Isso porque, infelizmente, a recusa familiar é o principal impedimento para a doação. A ABTO divulgou que 2022 foi um ano com recorde de negativas, sendo de 47% a taxa de recusa.

Então, estude mais sobre a doação de órgãos, converse com a sua família e mostre que esse ato é capaz de ajudar muitas pessoas!

 

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